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22.4.21

7 anos da Maria Victória - a festa

Há imensas formas de celebrarmos a vida. Não precisa de ser com uma festa, claro, sobretudo porque a pandemia ainda persiste. 

A minha filha antecipa o aniversário com 1 ano de antecedência, revive festas anteriores, imagina novos cenários, convidados... Eu procuro acalmar-lhe as expectativas e a minha maior preocupação era mesmo a meteorologia.

Fazer anos em Abril, águas mil, quase sempre inviabiliza festas ao ar livre. Para mim, fazia toda a diferença. Sou extremamente cuidadosa com a Covid e não queria de todo fazer uma festa e contribuir para algum contágio.

Se chovesse havia festa apenas para os de casa, se não chovesse podia alargar a um número ligeiramente mais alargado. Passei os dias a consultar os sites de meteorologia e até uns 5 dias antes dava sempre chuva. Depois, começou a dar nublado. Mandei mensagens aos amigos mais próximos e comecei com os preparativos, muito em cima da hora.

A única coisa que eu já tinha antecipado era a mesa do bolo. Contactei a Pó de Sonhos e encomendei uma Festa na Caixa. A miúda escolheu o tema, a Bela e o Monstro, e a Sofia tratou de tudo. A Festa na Caixa vem com bolo, donuts decorados, cakesides, brigadeiros, pirulitos de chocolate, caixas de pipocas, aglomerado de balões e recortes temáticos decorativos. Podemos escolher o recheio e a massa do bolo e há várias opções e combinações possíveis. Entregaram-me a caixa em casa e foi um descanso. 

Depois, foi preparar um lanchinho ao ar livre, com muito distanciamento. O sol apareceu e foi uma tarde muito agradável. A minha filha estava feliz e isso foi o mais importante. 


















22.12.20

1° período 2020/2021

Nem sei bem como chegámos ao fim deste 1° período sem grandes problemas. Máscaras, álcool e distanciamento agora fazem parte das rotinas dos miúdos. Lamento por eles que não podem viver uma infância plena. Também lamento que o 1° ano escolar da minha filha aconteça nestas circunstâncias. Pior estiveram no ano passado com um confinamento muito maior. 

Por cá, estivemos 14 dias em isolamento profilático após um caso positivo na sala da Maria Victória. Caso esse que revelou mais 2 ou 3 positivos entre os colegas. Tenho sempre medo. Este ano não há atividades extra curriculares por opção minha. Tenho medo de arriscar. A Maria Victória já é a pessoa mais exposta da casa e não quero exposições desnecessárias. Ela é quem mais perde, bem sei...

Ainda assim, ela anda feliz, gosta de estudar, é preguiçosa para fazer os trabalhos de casa e para os fazer bem. Teve Muito Bom a tudo, mas sei que precisa de ser estimulada a fazer melhor. 

Este ano não houve festa de Natal na escola. No entanto, não deixei passar a data e ofereci um miminho aos professores e auxiliares. O trabalho deles é enorme e nunca é de mais agradecer o papel que desempenham na vida dos nossos filhos. Gostei destes lápis feitos a partir de jornal reciclado. Assim que terminar o lápis, podemos semear as sementes que estão na ponta. Os lápis são da Manga Limão.




19.12.20

Bolachas para a Trovão

Na sequência daquela carta do Pai Natal, o Pai Natal deixou uma tarefa secreta. Como parece que a Trovão salvou o Natal do ano passado, ele pedia que fizéssemos umas bolachas para que ela se alimentasse quando passasse cá em casa na noite de Natal. Sobrou para mim. Sou péssima na cozinha e pior ainda em doçarias.

Segui a receita à risca e até havia neve doce mandada juntamente com a carta que mais não era do que açúcar em pó. O pior foi que no forno ficou tudo estragado porque em vez de colocar as bolachinhas no tabuleiro, coloquei na grelha. Belo serviço, não é? Ninguém se lembraria disso, mas eu lembrei e consegui uma versão de bolachas pingadas que mais pareciam ter saído de um quadro surrealista de Dalí. 

Valeu pela experiência a duas. 



17.12.20

A culpa (outra vez)




Esta manhã chateei-me com ela. 

Já estávamos atrasadas para a escola e eu naturalmente atrasada para o meu trabalho. Tudo isto por causa da porcaria dos penteados. 

Ia sair de casa e ela sai sem a mochila. Pedi-lhe para ir buscar a mochila porque era da sua responsabilidade. Descíamos a escada de casa e percebi que ela não tinha a máscara. Tenho que voltar para trás mais uma vez e fico irritadíssima. 

Mandei uns berros e vou abrir o portão para tirar o carro. Felizmente, a minha vizinha ia a sair para também levar o filho e ofereceu-se para a levar. Foi tudo tão rápido e, e nós já estávamos atrasadas, e ela lá foi. Mal me despedi dela. Gosto de o fazer com calma e não o fiz.

Passei o dia a sentir-me culpada. Coitadinha da menina, berrei-lhe e nem tive tempo de lhe dar um beijinho em condições. Fui buscá-la e ela veio bem-disposta, como sempre. Pedi-lhe desculpas e ela já nem se lembrava do incidente da manhã. Já eu, passei o dia a pensar nisso. 

Abençoadas crianças que só vivem no momento presente.  

11.12.20

Aprendendo palavras


Eu sei que muitos pais estão sempre muito preocupados com a evolução da linguagem nos filho. Querem que falem com correção e obviamente também tive esse cuidado com a minha filha. Por acaso, ela nunca teve grandes problemas a falar. Aprendia as palavras e pronunciava-as logo com muita precisão. Por isso, quando ela aprendia uma palavra e não conseguia dizê-la corretamente eu achava imensa graça. E nem sequer insistia muito para que ela se corrigisse porque, na verdade, isso era uma das coisas que me fazia vê-la bebé.

Eu tenho imensas saudades daqueles tempos e as palavras mais engraçadas eram “FIFIRICO” para frigorífico e “PICÓTIO”, que depois evoluiu para “HELIPICÓTIO” para helicoptero. Mas eu tenho uma palavra preferida, que ainda hoje eu uso, mas ela fica zangada porque pensa que estou a gozar com ela. E não estou, claro. Estou só a recordar tempos em que era tão pequenina. A palavra é “CRISTÓRIO” para escritório. Como passo muito tempo no escritório, digo muitas vezes a palavra. Ficou para sempre.

Eles crescem tão depressa...

3.7.20

Receita para se transformar em sereia

Cá vai mais uma teoria da Maria Victória.

Então, quem quiser transformar-se em sereia basta misturar um peixe (perguntei se teria que ser vivo, mas parece que morto também serve), água, algas e espuma do mar. É mexer muito bem e colocar diretamente sobre as pernas da menina.

Para fazer o procedimento inverso, é mais complicado. Como no fundo do mar não há telefones normais, só há telefones de algas, é preciso ajuda de outra pessoa. Em terra, é preciso desenhar em papel beijinhos, abraços e corações. Depois, recortam-se e espalham-se sobre a cauda da sereia. Et voilà, voltamos a ter pernas de pessoa.

O Monstro da Sanita

Não sou só eu que conto histórias à minha filha. Ela também me conta. E resolvi escrevê-las para não esquecer. Então, cá vai...

(Até parecem as crónicas da Masha)

Há monstros que vivem dentro das sanitas e é por isso que temos que fechar sempre a tampa. Estes monstros alimentam-se de xixi e de cocó, por isso temos que ir à casa de banho muito depressa. Se repararem, quando abrem o autoclismo, e faz um barulhinho no final, é o monstro a tentar sair. Só não sai porque tem a tampa fechada e é por isso que acontece esse som - é o monstro a bater com a cabeça na tampa da sanita.
Se fecharmos as tampas, nada acontece. 

29.6.20

Finalista do Jardim de Infância

Acabou mais um ano lectivo. Habitualmente tínhamos festa na escola, com direito a atuações, apresentações, representações, comidinha boa, diversão, muitas fotos, desejos de boas férias.
Eu fui daquelas mães que optaram por não levar a filha à escola aquando da abertura dos Jardins de Infância. Não que houvesse grande perigo onde eu vivo. Todo o pessoal docente e não docente foi testado e só duas crianças frequentavam o espaço. Na altura, achei que era desnecessário por apenas 20 dias. Fiquei de passar pelos jardins da escola para visitarmos à distância os professores e colegas. Não o fizemos porque entretanto o tempo foi passando e nem me lembrei, confesso.
Na sexta-feira passada, enquanto via o Jornal da Tarde, apercebi-me que era o último dia de aulas. Fomos até à escola na esperança de ainda apanharmos lá alguém. 
Fui convidada a entrar. Havia solução alcoólica à entrada da escola e da sala. Vários equipamentos estavam tapados. Lá dentro uma mesa preparada para uma festa para aqueles dois meninos. Adoraram a nossa visita e para eles foi muito importante verem outras pessoas. Se eu soubesse, neste contexto concreto, até teria deixado ir a minha filha. Ambas teríamos beneficiado muito. 
Ela quis muito voltar a brincar no recreio. Estava cheia de saudades. 


Nunca gostei muito desta moda das capas, cartolas e fitas aplicada às crianças, mas este ano que a minha filha foi finalista até achava piada que ela tivesse tido uma. Como este fim‑de‑semana passei umas horas em casa da minha mãe, ela viu lá a minha velha cartola. Não resisti e tirei umas fotografias que representam o fim desta etapa. 


27.6.20

A queda do primeiro dente

Se for como eu, a minha filha vai perder os dentes de leite muito devagarinho e tarde. Depois, nasceram-me enormes, estranhos, separados... para entretanto se tornarem muito bonitos e muito direitinhos, modéstia à parte. Só com o nascimento dos dentes do siso, já em idade adulta, é que se moveu ligeiramente um deles.

Pois bem, em plena pandemia a Maria Victória teve um dente a abanar. Ela não lhe ligou muito, apesar da impaciência e receio para ele cair. Eu notava que já havia pressão do dente definitivo porque a gengiva já estava um pouco pisada, mas ela não mexia muito no dente e nada acontecia.
No dia 16 de Maio, fomos passar uns dias à nossa casa na zona de Viana do Castelo para mudar um pouco de ares. Tínhamos acabado de chegar e passámos no supermercado para fazer umas compras. À ida para casa, 2 ou 3 minutos depois de entrarmos no carro, ela diz-me para lhe tirar uma foto porque o dente estava todo torto e ela queria ver. Viro-me para trás e tiro-lhe uma foto.

Depois, pensei que talvez fosse melhor filmar porque ela estava a mexer muito no dente e talvez ele caísse ali mesmo. E não é que caiu mesmo? E eu filmei tudo! Que alegria a dela e a nossa! Abençoadas tecnologias que nos permitem registar estes momentos sem que percam a espontaneidade e naturalidade.


26.6.20

Dermatite Seborreica ou Costa Láctea

Há uns 2 meses, observei no couro cabeludo da Maria Victória uma mancha gordurosa. Parecia que tinha deixado amaciador no cabelo e tinha secado assim. Removi aquele excesso, mas achei estranho. Até fotografei. 


Como limpei aquela área, fiquei descansada. Entretanto, voltei a notar umas escamas gordurosas na mesma área, noutra área e atrás da orelha. Mostrei a uma amiga e é mesmo dermatite seborreica. Em bebés e crianças chama-se de crosta láctea. 

É muito comum os bebés terem essa crosta, coisa que a Maria Victória nunca teve em bebé. Mas também já percebi que é frequente aparecer em crianças mais velhas. O

que estou a fazer é aplicar uma emulsão antes do banho e lavar como habitualmente. Deixo a imagem abaixo. O caso dela não é muito grave, mas já se nota uma melhoria. Mal consigo perceber onde tem as lesões.

Se notarem algo do género, consultem um médico. Se não for travada, a dermatite seborreica pode agravar bastante. 

29.3.20

Treinar a atar os atacadores

Os mais pequenos já podem treinar a atar os atacadores:
- 1 atacador
- 1 folha de cartão
- furos (eu fiz com uma caneta, por isso estão muito mal feitos)
- e pô-los a treinar 

(A Maria Victória anda viciada e agora já ata os meus atacadores 😂)


28.3.20

O cinema mudo de Charlie Chaplin

Realmente, há coisas boas que podemos retirar deste tempo difícil de quarentena. No outro dia, a propósito de uma pergunta qualquer que a Maria Victória me fez, falei-lhe no Cinema Mudo. Como há 100 anos, as personagens dos filmes não falavam, apenas havia música e uns sons. Lembrei-me, então, que aos sábados, o meu pai trazia-me sempre um filme do videoclube. Vi todos os filmes do Charlie Chaplin e, como verdadeira fã, até tive um cãozinho muito estimado chamado Charlot. Estava decidido: íamos ver um filme mudo! Fui ao YouTube e o primeiro que me apareceu foi o “The Kid” de 1921 e pareceu-me perfeito. Começou logo mal. O miúdo é abandonado num carro em frente a uma igreja pela mãe, pobre, que tinha a intenção de se suicidar. O carro foi roubado por uns ladrões e Charlot acaba por ficar com o bebé. É um filme muito engraçado, mas explora a miséria humana, inspirada também na infância de Chaplin. Foi complicado explicar muita coisa à minha filha tão pequena. O filme é, de facto, engraçado mas é muito perturbador. Ela ficou muito incomodada com o bebé abandonado... “que a mãe não devia ter abandonado o bebé”, “pobrezinho do bebé”, “as mamãs não abandonam os bebés”, etc. Ainda não sei bem se devo expô-la a estes dramas ou se devo mantê-la numa bolha de proteção. Ver este filme serviu para para dar a conhecer à minha filha várias coisas: 
  • Viu imagens com quase 100 anos;
  • Percebeu que houve uma evolução nos filmes. As coisas não foram sempre como são agora;
  • Conheceu um dos maiores mestres do cinema - Charlie Chaplin 
  • Percebeu que nem todos são privilegiados como ela;
  • A importância do amor;
  • Partilhámos um momento.
Estará para breve outro filme. 


16.3.20

Quarentena - Dia 4

Ontem, domingo, chuva e frio lá fora. Lembrei-me de fazer bolachas.
Pesquisei uma receita simples, porém deve ser hiper calórica. Prometo não repetir a receita nos próximos tempos e faço umas bolachas mais saudáveis. Estas são muito saborosas.

250 g farinha
125 g manteiga sem sal
125 g açúcar
1 ovo
1/2 colher de café de fermento em pó

Colocar todos os ingredientes no copo e programar 20 segundos, vel. 6
Programar 1 minuto, vel. espiga
Estender a massa com o rolo e com os cortadores moldar as bolachas
Colocar as bolachas num tabuleiro, com papel vegetal, e levar ao forno (pré-aquecido) a 200°, durante 8 minutos





9.3.20

Análises ao sangue

Hoje, levei a Maria Victória a fazer análises ao sangue. As primeiras vezes são sempre assustadoras. Por isso, levei-a a um laboratório onde sei que seria bem tratada e acolhida - Unilabs Pioledo, em Vila Real.
Tinha-lhe mostrado uns vídeos no YouTube para desmistificar as agulhas e apareceu um de uma menina que fez a colheita de sangue sem chorar, mas tinha os lábios pintados. Também quis pintar e não lhe consegui recusar. Claro que o objectivo não era convencê-la a não chorar, só queria que fosse tranquila.
Não podíamos ter sido mais bem recebidas, toda a gente foi fantástica e sensível ao facto da Maria Victória estar muito receosa. Aplicaram-lhe uma pomada anestésica, mas aquilo não serviu de muito. Doeu-lhe e chorou. 
Gostava que, no final, tivessem alguma coisa preparada para “premiar” os pequenos corajosos para além dos habituais chupa-chupas. Sei que é discutível este tipo de gratificação, mas acho mesmo que teria sido engraçado ter recebido um Diploma de Coragem, ou algo do género. Acho mesmo que foi muito corajosa e portou-se bem melhor do que eu. E do que o pai. Por isso, amanhã vou imprimir-lhe qualquer coisa para que não se esqueça.


21.1.20

Autocolantes de parede

O quarto da minha filha era muito sóbrio. Paredes brancas, mobiliário branco, só mesmo os têxteis da cama, tapete e a bonecada se destacavam. Ela já está quase com 6 anos e mais parece uma adolescente. Um dia destes tinha o quarto cheio de autocolantes. Até selos do Continente lá pôs. De facto, a culpa foi minha porque o quarto mais parecia uma enfermaria e não estava nada parecido com o da Nancy Clancy.
Já que queria autocolantes, então comprei-lhe os mais bonitos. Na Little Cloud há autocolantes de parede (wall stickers - agora não se encontra nada em português) para todos os gostos. E é uma forma rápida, reversível e muito bonita de decorar uma parede de um quarto.
Como estamos em transformação do quarto, no final, mostro tudo. Para já, só os autocolantes.

O conjunto de parede custou 24,90€ e o pequenino do interruptor custou 9,95€.



14.12.19

Ipsis verbis

Ontem, a propósito de um episódio dos TOPS, eu conversava com a minha filha sobre a adopção. Neste caso, uma Flamingo tinha adoptado uma gatinha. Para criar uma família é só preciso AMOR. Entretanto, também lhe disse que eu e ela não éramos muito parecidas, no entanto tínhamos o coração igual. Ao que ela responde: “Mamã, o meu coração é um pouco diferente! É mais pequenino e tem purpurinas!” 🙈🙈😂😂

https://drive.google.com/uc?export=view&id=1tZm_Yja3FF4s5leFgXRhwvBy3Ut-mEsD

13.12.19

Amigas de 5 anos

Hoje os miúdos do Jardim de Infância foram ao cinema ver o filme da Ovelha Choné. É grande acontecimento para a criançada. Vão todos juntos, a animação é outra. Pelos vistos, a minha filha e as amigas tinham combinado ir de vestido. Têm 5 anos e já se comportam como adolescentes. Foi um filme cá em casa. Hoje, o dia esteve diluviano e ela fez tanta questão de ir de perna ao léu que lá arranjei maneira de ir composta, quente e preparada para a chuva. Aqui em Trás-os-Montes a coisa é complicada. Chegada à escola, vai logo ter com as amigas e a Eva mostra-lhe o seu vestido. A minha tira o casaco e exibe o seu. A Francisca, surpreendida e desiludida, pergunta à minha filha por que não trouxe as calças aos quadrados. E ela não percebeu nada porque, afinal, tinham combinado usar vestido. A avó da Francisca entretanto esclareceu-me. Na casa dela também tinha sido complicado negociar calças com a menina, tendo em conta a intempérie. Então, resolveram dizer que as mães tinham combinado que as meninas levariam as calças aos quadrados. A Francisca aceitou, claro. Quem nunca mentiu aos filhos para conseguir fazer alguma coisa absolutamente razoável? Só tive pena de não ter tido a mesma ideia. 
https://drive.google.com/uc?export=view&id=1YsRFKlrsMGZDpKfOFX41lcDEThEd_JUD

28.5.19

Pesadelo

Esta noite a minha filha não queria ir dormir.
Ontem apareceu-nos na cama por volta das 4:30 da manhã. Disse-me que tinha tido um pesadelo e não conseguia dormir. Levei-a para a cama dela e dormi lá com ela porque o meu marido acorda muito cedo e não iria dormir confortavelmente com ela lá.
De manhã, voltou a falar no pesadelo. Pedi-lhe várias vezes que me contasse o que sonhou e recusou sempre. Expliquei que era apenas um sonho, mas ela disse que eu não iria querer saber. Até fiquei com receio...  Quando veio almoçar, disse que não tinha parado de pensar no pesadelo e voltou a esquivar-se. Só quando saiu da escola à tarde, e com mais tempo, lá me contou o que tinha sonhado.
A nossa gatinha,  a Tonicha, tinha comido a cauda da Barbie Sereia e tinha morrido. E o nosso gatinho, o Joaquim, viu a sua companheira morrer.
A miúda andou aflita o dia todo, não me queria contar para me poupar o sofrimento e não queria dormir para que o pesadelo não a visitasse de novo. Tentei que não ficasse muito angustiada e já dorme, mas eu também fico assim perturbada com os sonhos/pesadelos. Às vezes são tão vívidos que parece que ficam gravados na memória, como se de uma verdadeira experiência se tratasse.
Espero que hoje durma melhor e que sonhe com unicórnios a brincar num prado verdejante.


21.5.19

O primeiro antibiótico

Com a necessidade crescente de colocar os filhos em infantários e creches cada vez mais cedo, muitos pais já estão, infelizmente, habituados a ter os filhos doentes. Não foi o nosso caso, graças a Deus. Nem gosto de falar muito nisto porque tenho medo que algo aconteça, mas a minha filha tem sido muito saudável. Tomar o primeiro antibiótico aos 5 anos é, nos dias de hoje, coisa rara. Em bebé só teve as viroses comuns, não teve problemas com dentes, não teve más reações a vacinas. O que tinha era fácil e brevemente resolvido com Ben-U-ron. Mas sempre tive consciência do quão abençoados somos. Isto é que é a verdadeira riqueza e privilégio: ter filhos saudáveis. 
Esta última madrugada disse-me que lhe doía o ouvido por dentro. A minha mãe que me viu ter várias otites em pequena, sempre me pedia para ver se lhe doíam os ouvidos. Aliás, eu lembro-me de algumas otites e do que doíam. À 1 da manhã, dei-lhe Nurofen para ver se aliviava. Aliviou mas não passou. Apliquei calor na zona. Não dormimos nada. Às 7, repeti a dose. E às 13. Aqui já tinha febre e não havia dúvidas de que era para visitar o pediatra. Eu não sou de entrar logo em pânico. Já percebi que os médicos também gostam de aguardar para poderem fazer um diagnóstico mais preciso e eu resolvi aguardar, controlando a dor e a febre. Claro que já não foi possível esperar as 8 horas de intervalo e foi mais cedo mesmo. Não aguentava vê-la em sofrimento.
Quando foi à pediatra já estava novamente com febre. Confirmou-se a otite, tomou mais Ben-U-ron e veio para casa com o primeiro antibiótico da sua vida. Não está habituada a tomar remédios e eu não estou habituada a dar-lhos. Não gosta dos sabores. E estas são as nossas preocupações. E há pais que...  nem quero pensar nisso. As crianças não deviam sofrer e os seus pais não deviam vê-los sofrer.
Enquanto aguardávamos pela pediatra, com dores e febre, mas sempre bem-disposta.


15.5.19

O teu filho porta-se pior contigo?

Não sei se passa o mesmo com os vossos filhos, mas a minha filha na minha presença é terrível. 
Vou buscá-la à escola todos os dias e arranja sempremaneira de me chatear. Quando a deixo nos avós é igual. Está muito bem e, quando chego, faz birra por isto ou por aquilo. Habitualmente, por nenhum motivo especial, mas desencadeia-se uma série de acontecimentos que me faz sentir muito desconfortável. Então, estava bem e eu chego e faz este circo? O mesmo se passa quando a levo comigo a algum lugar. Nunca a levava comigo ao cabeleireiro. Achava que era muito tempo para ela se manter sossegada e era natural que se aborrecesse. Mas a minha sogra já a tinha levado algumas vezes e era só elogios ao seu comportamento. Garantiu-me que podia levá-la porque ela ficava à espera, conversava, e passava-se bem o tempo. Levei-a. Foi um terror! Eu a lavar o cabelo e era vê-la a trepar por cima de tudo, qual macaco, a abrir tudo e a mexer em tudo. E eu que não podia sair dali, a gritar repetidamente para estar quieta. Que vergonha! Parecia que a miúda não tinha educação!
Aos que se revêem nesta descrição, fiquem descansados. Andei a ler uns artigos e, afinal, não estamos a ser más mães. Estamos a ser óptimas mães! 
Os miúdos confiam completamente nos pais, por isso sentem-se à vontade para serem eles próprios, de todas as maneiras possíveis. E esta confiança não se estende a todos os adultos porque o nível de intimidade com os pais é muitíssimo superior. 
Ora, quando a criança está com outras pessoas, a tendência é comportar-se melhor porque está a reprimir certas emoções, particularmente as mais fortes, como a raiva ou a frustração. Ou seja, vão guardá-las para as libertarem quando nós chegamos. 
Por isso, para a próxima vez que nos disserem que os nossos filhos se portam muito melhor quando não estamos presentes, já podemos responder que é porque não se sentem à vontade o suficiente para serem eles próprios. E esta?
https://drive.google.com/uc?export=view&id=1b1YlRfsy06qitT9DTk8m6koIR0ujRaox